Mudanças no entendimento sobre a sustentabilidade — equilíbrio, resiliência e coevolução

Mudanças no entendimento sobre a sustentabilidade — equilíbrio, resiliência e coevolução

Deixar claro como um projeto ou organização entende a sustentabilidade possibilita a definição de estratégias e metas adequadas.

Muito se fala sobre sustentabilidade, mas pouco sobre o que realmente queremos dizer com isso. O significado deste conceito está em evolução. À medida que interagimos com a realidade complexa e viva do mundo e incorporamos contribuições de ciências emergentes — como a teoria dos sistemas vivos, pensamento sistêmico e complexidade — aprofundamos e evoluímos o conceito.

É possível discernir três fases sobrepostas na evolução do conceito de sustentabilidade. Cada uma contribui para o entendimento da fase seguinte e tem uma importância particular.

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Uma nova visão histórica da Terra e da humanidade

Uma nova visão histórica da Terra e da humanidade

O ritmo de vida instantâneo e egocentrado dos centros urbanos desconectou-nos de nossa história evolucionária enquanto espécie humana na Terra. Pouco sabemos sobre como chegamos a habitá-la e de sua história antes de nossa presença. Uma nova visão histórica que nos informe sobre o processo evolucionário da Terra e da consciência humana é fundamental para que possamos ter uma participação no mundo coerente com o nosso potencial humano e com a evolução de Gaia. Continue reading →

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Duas visões de mundo, dois paradigmas de sustentabilidade

Duas visões de mundo, dois paradigmas de sustentabilidade

A sustentabilidade tecnológica e a sustentabilidade ecológica são frutos de duas visões de mundo distintas: a mecanicista e a ecológica.

Há uma mudança de mentalidade em curso, que parte de uma visão de mundo mecanicista e chega a uma visão de mundo ecológica (CAPRA e LUISI, 2014). Esta mudança é, essencialmente, uma mudança de metáforas: de uma que vê o mundo como uma máquina para uma que o entende como uma rede.

Capra e Luisi (2014) descrevem esta mudança como uma tensão básica entre as partes e o todo. A ênfase nas partes tem sido chamada de mecanicista, reducionista ou atomista; a ênfase no todo de holística ou ecológica. Na ciência do século XX, a perspectiva holística tornou-se conhecida como “sistêmica”, e a forma de pensar que esta implica de “pensamento sistêmico”.

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Entendendo o lugar como um sistema vivo

Entendendo o lugar como um sistema vivo

Ver os lugares como sistemas vivos nos faz perceber relações ocultas e pontos de intervenção poderosos

O desenvolvimento regenerativo tem como premissa básica o entendimento do lugar a partir de uma visão sistêmica. Nicholas Mang (2009), em seu trabalho The Rediscovery of Place and Our Human Role Within It, traz uma importante contribuição ao definir o fenômeno “lugar” a partir de uma visão dos sistemas vivos.

A resposta para a pergunta “O que é o lugar?” foi sintetizada em seis atributos distintos. São eles: (1) Interconectado e aninhado, (2) Delimitado e único em sua identidade, (3) Agregador de valor, (4) Concentrador e enriquecedor, (5) Magnético e ordenador e (6) Dinâmico e evolucionário.

Juntos, estes seis atributos ajudam a identificar e definir o que é o lugar, assim como oferecem um meio para avaliar o grau de saúde, equilíbrio e integração do lugar como um fenômeno vivo.

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Primeiras mudanças para a prática regenerativa

Primeiras mudanças para a prática regenerativa

Alinhar o desenvolvimento social com a inteligência dos sistemas vivos passa necessariamente por uma mudança no pensamento, em como nos vemos e em como trabalhamos

Cultivar uma nova mentalidade

Os principais problemas da humanidade possuem origem no pensamento em si. Ainda está vigente uma visão de mundo desatualizada, industrialista, dominadora e patriarcal. Reduzimos a complexidade do mundo em linhas retas e em processos de causa e efeito. Transformamos tudo o que se move e cresce em máquinas newtonianas. Se a complexidade e incerteza se apresentam ficamos paralisados e tratamos logo de identificar qual peça dessa máquina iremos reparar, trocar ou remover.

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As três dimensões da Grande Virada

As três dimensões da Grande Virada

Tomando emprestada a perspectiva das gerações futuras podemos dizer que estamos vivendo hoje a Grande Virada de uma sociedade de crescimento industrial para uma sociedade que sustenta a vida. O grande desafio desse momento histórico é sermos capazes de escolher a vida.

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Desenvolvimento regenerativo, uma evolução na discussão em sustentabilidade

Desenvolvimento regenerativo, uma evolução na discussão em sustentabilidade

O que o desenvolvimento sustentável é para o desenvolvimento econômico convencional, o desenvolvimento regenerativo é para o desenvolvimento sustentável.

O desenvolvimento regenerativo contrapõe a ideia do desenvolvimento sustentável de que o melhor que o ambiente construído pode ser é “neutro” em relação ao mundo vivo. Entende-se, a partir desta nova visão, que os ambientes construídos podem produzir mais energia e recursos do que consomem e que podem funcionar como catalisadores da saúde dos lugares em que estão inseridos. Esta prática de design é descrita como uma que constrói capacidades, e não coisas.
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Fundamentos dos sistemas vivos

Fundamentos dos sistemas vivos

Entender como os sistemas vivos funcionam é a base para o desenvolvimento regenerativo

Um entendimento claro dos princípios ecológicos é fundamental para a prática do desenvolvimento regenerativo. Estes conceitos orientarão tanto a maneira de se pensar e conduzir os processos de concepção e design, assim como guiarão as práticas e ações em campo. Tais princípios, em última análise, descrevem os padrões e processos pelos quais a natureza sustenta a vida. A seguir, de forma sucinta, começaremos a explorar os princípios ecológicos de redes, sistemas aninhados (holarquias), ciclos, fluxos, desenvolvimento e equilíbrio dinâmico.

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Separação entre natureza e cultura — a base do pensamento moderno

Separação entre natureza e cultura — a base do pensamento moderno

Reconectar natureza e cultura/sociedade é um passo fundamental para criarmos culturas regenerativas

A separação entre natureza e cultura a partir do entendimento que a natureza deve ser dominada pela cultura é responsável pelo atual desequilíbrio da ecologia planetária promovido pelos seres humanos.

É comum usarmos os conceitos de natureza e cultura como distintos e até opostos. No entanto, muitos dos costumes que nos são comuns foram construídos historicamente a partir de interesses específicos. A separação entre natureza e cultura foi uma construção historicamente conduzida pelas sociedades modernas e é responsável pelas crises convergentes que vivemos hoje. Os povos indígenas nem mesmo têm palavras para descrever algo como natureza e cultura porque as entendem como mutuamente dependentes. E nós, porque as separamos? E quais as consequência disso?

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As três linhas de trabalho do desenvolvimento regenerativo

As três linhas de trabalho do desenvolvimento regenerativo

“Tornar-se um praticante regenerativo requer tanto o desenvolvimento das capacidades e potenciais de si mesmo e do seu time quanto o desenvolvimento destas qualidades em projetos e comunidades.” — Regenesis

O desenvolvimento regenerativo é um método de inovação transformativa que oferece uma série de quadros conceituais a fim de facilitar novas formas de se pensar a partir da visão sistêmica da vida. Uma das ideias mais básicas e cruciais está representada na tríade chamada “três linhas de trabalho”.

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Posted by Felipe Tavares in Artigo, 2 comments
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