Juliana Diniz

Através da conciliação entre desenvolvimento humano e social e a inteligência dos sistemas vivos, facilito processos de aprendizagem e transformação pessoal e coletiva que promovam a saúde planetária e protejam a memória biocultural da Terra.
Através da conciliação entre desenvolvimento humano e social e a inteligência dos sistemas vivos, facilito processos de aprendizagem e transformação pessoal e coletiva que promovam a saúde planetária e protejam a memória biocultural da Terra.
Compartilhar perguntas e causalidade mútua

Compartilhar perguntas e causalidade mútua

Quando questionada sobre como devemos nos posicionar no mundo e o que devemos fazer de útil, Joanna Macy disse:

“Eu não sei o que você deve fazer, divida essa questão com um grupo de pessoas.”

Para ela, o que deve ser feito precisa, antes, ser desenhado junto com uma comunidade. Afinal, este é o ‘nosso’ mundo e não apenas o ‘meu’ mundo.

Na sequência, quando questionada sobre como mudar o mundo, ela responde:

“Não queira mudar o mundo, faça algo que você ame.”

Para amar a vida é suficiente fazer algo em grupo como demonstração do nosso amor em simplesmente poder participar dessa grande aventura cósmica, planetária e humana. Continue reading →

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Re-cerimonializar o mundo

Re-cerimonializar o mundo

Cerimônias de rito de passagem ricas em significados compartilhados culturalmente são parte do cotidiano dos povos indígenas e populações tradicionais. Elas são o marco de transições e transformações importantes e ajudam as pessoas a tomarem posse de seus dons singulares em benefício do bem comum. 

Elas costumam acontecer em momentos marcantes da biografia humana: no próprio nascimento, no fim da primeira infância, na puberdade, na entrada da fase adulta, no nascimento dos filhos, na incorporação de um novo papel familiar ou social, na entrada da velhice etc. E, em algumas tradições, acontecem também em momentos de crise em que nos foge a saúde ou a lembrança de quem somos, do que realmente importa e de como podemos servir ao mundo. Continue reading →

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Uma pessoa é rica em proporção às coisas que pode dispensar

Uma pessoa é rica em proporção às coisas que pode dispensar

O mundo a nossa volta nos ensina a perseguir a felicidade da infância até a velhice. Ele diz que felicidade é sinônimo de sucesso. E oferece um protocolo de sucesso específico. Carreira progressiva e próspera, relacionamentos estáveis e família saudável, patrimônio e segurança financeira, um grau de conforto material que esbarra a ostentação e, ainda, diversão, aventura, novidade e mais e mais e mais. Continue reading →

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#16 Autotransformação e transformação sistêmica

Ouça no seu app favorito.

A relação entre autotransformação e transformação sistêmica pelas lentes da antroposofia, da ecologia profunda, da teoria dos sistemas vivos e do desenvolvimento regenerativo.

Esse episódio é a gravação de uma aula online realizada em Outubro de 2019 baseada nas seguintes perguntas: Por que realizar transformação sistêmica? Por que realizar autotransformação? Como fazer transformação sistêmica? Como fazer autotransformação?

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Nem todo insight é uma visão

Nem todo insight é uma visão

Cotidianamente, temos insights. Mas nem toda ótima ideia pode ser considerada uma visão.

A visão, no sentido sugerido aqui, tem uma qualidade superior à de um insight ou de um sonho. Ela carrega consigo um sentido inquestionável de autoridade espiritual e se manifesta como imagens que surgem à percepção consciente dissociadas das crenças, conceitos, premissas e suposições do visionário. 

Uma visão não nasce da atividade intelectual e de elucubrações teóricas. Além disso, mesmo quando ativamos um nível refinado de percepção que envolve a sensorialidade, a inteligência do coração e estados alterados de consciência, ainda sim, não quer dizer que criamos as condições necessárias para recebê-la. Continue reading →

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Nós estamos em um rito de passagem

Nós estamos em um rito de passagem

Uma das qualidades dos ritos de passagem é a de não se poder saber o que esperar do outro lado do limiar cruzado e nem se ele conseguirá ser, de fato, ultrapassado. 

Com essa definição é fácil assumir que, enquanto espécie, nós estamos atravessando um rito de passagem. Para Daniel Wahl, consultor em inovação transformativa e autor do aclamado Design de Culturas Regenerativas, do outro lado do ponto de inflexão há a possibilidade de abundância colaborativa ou de escassez competitiva. Continue reading →

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O esquecimento da visão

O esquecimento da visão

“Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha própria resposta. Caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der.”

— Carl Gustav Jung

A visão que viemos compartilhar com o mundo, se não for energizada, vai se obscurecendo ao longo da vida. Isso acontece porque temos que realizar uma visão informada pelo eu autêntico em uma sociedade que tem a sua própria visão de mundo e que pouco está preparada para receber a visão que floresce no solo da individualidade. 

Somos desafiados a viver a nossa visão autêntica enquanto transpomos a visão reproduzida coletivamente. Continue reading →

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Renúncia ao prestígio

Renúncia ao prestígio

O ser humano nasce com habilidades latentes que chamamos de dons. Quando desenvolvidos os dons se tornam talentos, isto é, algo que é feito com competência e facilidade. 

A auto-realização implica desenvolver dons e exercer talentos a serviço de uma causa que nos faça sentido. Mas, em decorrência da influência exercida sistema educacional e do apego às carreiras convencionais, é difícil reconhecer e celebrar a diversidade dos dons humanos. Continue reading →

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O sentido de serviço

O sentido de serviço

“O significado da vida é achar nosso dom. O propósito da vida é oferecê-lo ao mundo.”  

— Pablo Picasso

Servir é orientar a própria vida para fazer o outro crescer e brilhar. É fazer a escolha de participar da teia da vida indo além da necessidade de autoria. É incentivar o outro a manifestar o seu melhor potencial. É ajudá-lo a se ver, se reconhecer e se realizar. 

A realização pessoal é um subproduto do serviço engajado na realização do outro. A sentença franciscana “é dando que se recebe” é uma tradução poética do funcionamento da vida. A reciprocidade, ou interdependência dinâmica, é a maneira como a vida se auto-regula.

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Sobre a busca de visão

Sobre a busca de visão

Uma reverência ao tradicional Vision Quest, uma súplica à cerimonialização da vida 

Desde sempre o ser humano busca a solidão em paisagens naturais para compreender a si mesmo, encontrar força para atravessar desafios e caminhar com integridade pela vida. Mas, embora retirar-se na natureza em busca de visão seja uma prática tão antiga quanto a própria humanidade, o tradicional Vision Quest faz parte de contextos culturais singulares.

Vision Quest é uma expressão cunhada no século XIX por antropólogos para descrever jornadas espirituais de tradições étnicas cujos territórios foram colonialmente incorporados na atual América do Norte e, especificamente, nos Estados Unidos e Canadá. As Nações Indígenas Siksika, Cree, Anishinaabe e Inuit são algumas daquelas que, mesmo sendo violentamente desencorajadas ou impedidas por políticas nacionais, persistem realizando o Vision Quest e outras cerimônias enraizadas na etnicidade. 

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