Re-cerimonializar o mundo

Re-cerimonializar o mundo

Cerimônias de rito de passagem ricas em significados compartilhados culturalmente são parte do cotidiano dos povos indígenas e populações tradicionais. Elas são o marco de transições e transformações importantes e ajudam as pessoas a tomarem posse de seus dons singulares em benefício do bem comum. 

Elas costumam acontecer em momentos marcantes da biografia humana: no próprio nascimento, no fim da primeira infância, na puberdade, na entrada da fase adulta, no nascimento dos filhos, na incorporação de um novo papel familiar ou social, na entrada da velhice etc. E, em algumas tradições, acontecem também em momentos de crise em que nos foge a saúde ou a lembrança de quem somos, do que realmente importa e de como podemos servir ao mundo. Continue reading →

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Uma pessoa é rica em proporção às coisas que pode dispensar

Uma pessoa é rica em proporção às coisas que pode dispensar

O mundo a nossa volta nos ensina a perseguir a felicidade da infância até a velhice. Ele diz que felicidade é sinônimo de sucesso. E oferece um protocolo de sucesso específico. Carreira progressiva e próspera, relacionamentos estáveis e família saudável, patrimônio e segurança financeira, um grau de conforto material que esbarra a ostentação e, ainda, diversão, aventura, novidade e mais e mais e mais. Continue reading →

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#16 Autotransformação e transformação sistêmica

Ouça no seu app favorito.

A relação entre autotransformação e transformação sistêmica pelas lentes da antroposofia, da ecologia profunda, da teoria dos sistemas vivos e do desenvolvimento regenerativo.

Esse episódio é a gravação de uma aula online realizada em Outubro de 2019 baseada nas seguintes perguntas: Por que realizar transformação sistêmica? Por que realizar autotransformação? Como fazer transformação sistêmica? Como fazer autotransformação?

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Listas

Listas

Nós adoramos listas.

Elas estão por toda parte. E apresentá-las em um formato circular não faz com que ela deixe de ser uma.

Uma lista é uma sequência de elementos estáticos isolados muitas vezes lineares ou desconexos.

É o caminho preferencial de um modelo mental específico. É o sintoma de uma inteligência cega e a aparência de uma racionalidade treinada para o reducionismo.

Mas acontece que o mundo é dinâmico e complexo.

Claro que as listas possuem espaço e importância. Ao ir ao supermercado, faça uma lista de compras ou corra o risco de faltar algo importante.

Mas ao energizar uma equipe, não faça uma lista de características desejáveis. Ao orientar um projeto, não se apegue a uma lista de resultados. Ao se aprofundar em alguma área do conhecimento, não faça uma lista das principais ideias e conceitos.

Não sem explorar o relacionamento que existe naquilo que você observa.

Precisamos de modelos mentais que nos ajudam a enxergar relacionamentos e propriedades que emergem a partir da interação.

A vida é relacionamento. E o relacionamento é resultado de forças voláteis de atração.

Precisamos de melhores formas de organizar o pensamento, precisamos de quadros conceituais sistêmicos e dinâmicos.

Podemos nos alfabetizar em abordagens capazes essencializar o mundo complexo em diagramas relacionais que carregam consigo o potencial de nos informar para além da nossa capacidade de formular perguntas.

Em listas nós somos especialistas. Precisamos agora enxergar além delas.

Foto: Masaaki Komori

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Nem todo insight é uma visão

Nem todo insight é uma visão

Cotidianamente, temos insights. Mas nem toda ótima ideia pode ser considerada uma visão.

A visão, no sentido sugerido aqui, tem uma qualidade superior à de um insight ou de um sonho. Ela carrega consigo um sentido inquestionável de autoridade espiritual e se manifesta como imagens que surgem à percepção consciente dissociadas das crenças, conceitos, premissas e suposições do visionário. 

Uma visão não nasce da atividade intelectual e de elucubrações teóricas. Além disso, mesmo quando ativamos um nível refinado de percepção que envolve a sensorialidade, a inteligência do coração e estados alterados de consciência, ainda sim, não quer dizer que criamos as condições necessárias para recebê-la. Continue reading →

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Nós estamos em um rito de passagem

Nós estamos em um rito de passagem

Uma das qualidades dos ritos de passagem é a de não se poder saber o que esperar do outro lado do limiar cruzado e nem se ele conseguirá ser, de fato, ultrapassado. 

Com essa definição é fácil assumir que, enquanto espécie, nós estamos atravessando um rito de passagem. Para Daniel Wahl, consultor em inovação transformativa e autor do aclamado Design de Culturas Regenerativas, do outro lado do ponto de inflexão há a possibilidade de abundância colaborativa ou de escassez competitiva. Continue reading →

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E se pudéssemos?

E se pudéssemos?

A crise múltipla que estamos vivendo não vai a lugar algum tão cedo. O efeito dominó está em seu início e a crise econômica e política ainda vai se agravar bastante.

Quando a pandemia de Covid-19 começar a parecer algo do passado, estaremos perto de um próximo choque “inesperado”.

Eu gostaria de parecer otimista — de fato, me considero um — mas o otimismo cego nos mata de fome na fila do pão. Melhor o otimismo realista capaz de enxergar os sinais de um mundo desmantelado e ainda acreditar que podemos encontrar caminhos de resiliência e vitalidade.

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Integridade

Integridade

Estar em integridade é ser verdadeiro consigo mesmo.

Só é possível ser verdadeiro e caminhar em direção a esta virtude rara se tivermos um vislumbre de quem somos.

Esta visão, mesmo que singela, precisa refletir o eu autêntico — a essência livre de aparências e condicionamentos culturais.

Podemos dizer, então, que a falta de integridade é um efeito da falta de autoconhecimento.

É preciso saber quem somos e quem queremos nos tornar — ter uma visão clara que orientará os nossos caminhos — para então termos uma referência dos limiares da nossa integridade.

Alinhar-se com o seu eu autêntico é um processo que faz emergir princípios orientadores. Estes princípios fundamentam as nossas palavras e os compromissos que fazemos.

Assim, uma pessoa que está em integridade é alguém cujas palavras refletem os seus princípios que, por sua vez, expressam o seu eu autêntico.

Mas o que é autenticidade? Yasuhiko Genku Kimura coloca que ser autêntico é ser autor e autoridade da sua própria vida. Dessa forma, o seu eu autêntico é a expressão da sua essência a partir de um lugar de alto grau de soberania.

A força que sustenta a autenticidade é a mesma força que fará com que você se agarre aos seus princípios e sustente as suas palavras.

Caminhar com integridade em um contexto social doentio é um ato de valentia.

Olhar para dentro, revelar uma visão, incorporar princípios claros e sustentar as suas palavras é a revolução que você pode começar hoje.

Foto: Chris Ensay

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