#16 Autotransformação e transformação sistêmica

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A relação entre autotransformação e transformação sistêmica pelas lentes da antroposofia, da ecologia profunda, da teoria dos sistemas vivos e do desenvolvimento regenerativo.

Esse episódio é a gravação de uma aula online realizada em Outubro de 2019 baseada nas seguintes perguntas: Por que realizar transformação sistêmica? Por que realizar autotransformação? Como fazer transformação sistêmica? Como fazer autotransformação?

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Listas

Listas

Nós adoramos listas.

Elas estão por toda parte. E apresentá-las em um formato circular não faz com que ela deixe de ser uma.

Uma lista é uma sequência de elementos estáticos isolados muitas vezes lineares ou desconexos.

É o caminho preferencial de um modelo mental específico. É o sintoma de uma inteligência cega e a aparência de uma racionalidade treinada para o reducionismo.

Mas acontece que o mundo é dinâmico e complexo.

Claro que as listas possuem espaço e importância. Ao ir ao supermercado, faça uma lista de compras ou corra o risco de faltar algo importante.

Mas ao energizar uma equipe, não faça uma lista de características desejáveis. Ao orientar um projeto, não se apegue a uma lista de resultados. Ao se aprofundar em alguma área do conhecimento, não faça uma lista das principais ideias e conceitos.

Não sem explorar o relacionamento que existe naquilo que você observa.

Precisamos de modelos mentais que nos ajudam a enxergar relacionamentos e propriedades que emergem a partir da interação.

A vida é relacionamento. E o relacionamento é resultado de forças voláteis de atração.

Precisamos de melhores formas de organizar o pensamento, precisamos de quadros conceituais sistêmicos e dinâmicos.

Podemos nos alfabetizar em abordagens capazes essencializar o mundo complexo em diagramas relacionais que carregam consigo o potencial de nos informar para além da nossa capacidade de formular perguntas.

Em listas nós somos especialistas. Precisamos agora enxergar além delas.

Foto: Masaaki Komori

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Nem todo insight é uma visão

Nem todo insight é uma visão

Cotidianamente, temos insights. Mas nem toda ótima ideia pode ser considerada uma visão.

A visão, no sentido sugerido aqui, tem uma qualidade superior à de um insight ou de um sonho. Ela carrega consigo um sentido inquestionável de autoridade espiritual e se manifesta como imagens que surgem à percepção consciente dissociadas das crenças, conceitos, premissas e suposições do visionário. 

Uma visão não nasce da atividade intelectual e de elucubrações teóricas. Além disso, mesmo quando ativamos um nível refinado de percepção que envolve a sensorialidade, a inteligência do coração e estados alterados de consciência, ainda sim, não quer dizer que criamos as condições necessárias para recebê-la. Continue reading →

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Nós estamos em um rito de passagem

Nós estamos em um rito de passagem

Uma das qualidades dos ritos de passagem é a de não se poder saber o que esperar do outro lado do limiar cruzado e nem se ele conseguirá ser, de fato, ultrapassado. 

Com essa definição é fácil assumir que, enquanto espécie, nós estamos atravessando um rito de passagem. Para Daniel Wahl, consultor em inovação transformativa e autor do aclamado Design de Culturas Regenerativas, do outro lado do ponto de inflexão há a possibilidade de abundância colaborativa ou de escassez competitiva. Continue reading →

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E se pudéssemos?

E se pudéssemos?

A crise múltipla que estamos vivendo não vai a lugar algum tão cedo. O efeito dominó está em seu início e a crise econômica e política ainda vai se agravar bastante.

Quando a pandemia de Covid-19 começar a parecer algo do passado, estaremos perto de um próximo choque “inesperado”.

Eu gostaria de parecer otimista — de fato, me considero um — mas o otimismo cego nos mata de fome na fila do pão. Melhor o otimismo realista capaz de enxergar os sinais de um mundo desmantelado e ainda acreditar que podemos encontrar caminhos de resiliência e vitalidade.

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Integridade

Integridade

Estar em integridade é ser verdadeiro consigo mesmo.

Só é possível ser verdadeiro e caminhar em direção a esta virtude rara se tivermos um vislumbre de quem somos.

Esta visão, mesmo que singela, precisa refletir o eu autêntico — a essência livre de aparências e condicionamentos culturais.

Podemos dizer, então, que a falta de integridade é um efeito da falta de autoconhecimento.

É preciso saber quem somos e quem queremos nos tornar — ter uma visão clara que orientará os nossos caminhos — para então termos uma referência dos limiares da nossa integridade.

Alinhar-se com o seu eu autêntico é um processo que faz emergir princípios orientadores. Estes princípios fundamentam as nossas palavras e os compromissos que fazemos.

Assim, uma pessoa que está em integridade é alguém cujas palavras refletem os seus princípios que, por sua vez, expressam o seu eu autêntico.

Mas o que é autenticidade? Yasuhiko Genku Kimura coloca que ser autêntico é ser autor e autoridade da sua própria vida. Dessa forma, o seu eu autêntico é a expressão da sua essência a partir de um lugar de alto grau de soberania.

A força que sustenta a autenticidade é a mesma força que fará com que você se agarre aos seus princípios e sustente as suas palavras.

Caminhar com integridade em um contexto social doentio é um ato de valentia.

Olhar para dentro, revelar uma visão, incorporar princípios claros e sustentar as suas palavras é a revolução que você pode começar hoje.

Foto: Chris Ensay

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O esquecimento da visão

O esquecimento da visão

“Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha própria resposta. Caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der.”

— Carl Gustav Jung

A visão que viemos compartilhar com o mundo, se não for energizada, vai se obscurecendo ao longo da vida. Isso acontece porque temos que realizar uma visão informada pelo eu autêntico em uma sociedade que tem a sua própria visão de mundo e que pouco está preparada para receber a visão que floresce no solo da individualidade. 

Somos desafiados a viver a nossa visão autêntica enquanto transpomos a visão reproduzida coletivamente. Continue reading →

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Renúncia ao prestígio

Renúncia ao prestígio

O ser humano nasce com habilidades latentes que chamamos de dons. Quando desenvolvidos os dons se tornam talentos, isto é, algo que é feito com competência e facilidade. 

A auto-realização implica desenvolver dons e exercer talentos a serviço de uma causa que nos faça sentido. Mas, em decorrência da influência exercida sistema educacional e do apego às carreiras convencionais, é difícil reconhecer e celebrar a diversidade dos dons humanos. Continue reading →

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