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Listas

Nós adoramos listas.

Elas estão por toda parte. E apresentá-las em um formato circular não faz com que ela deixe de ser uma.

Uma lista é uma sequência de elementos estáticos isolados muitas vezes lineares ou desconexos.

É o caminho preferencial de um modelo mental específico. É o sintoma de uma inteligência cega e a aparência de uma racionalidade treinada para o reducionismo.

Mas acontece que o mundo é dinâmico e complexo.

Claro que as listas possuem espaço e importância. Ao ir ao supermercado, faça uma lista de compras ou corra o risco de faltar algo importante.

Mas ao energizar uma equipe, não faça uma lista de características desejáveis. Ao orientar um projeto, não se apegue a uma lista de resultados. Ao se aprofundar em alguma área do conhecimento, não faça uma lista das principais ideias e conceitos.

Não sem explorar o relacionamento que existe naquilo que você observa.

Precisamos de modelos mentais que nos ajudam a enxergar relacionamentos e propriedades que emergem a partir da interação.

A vida é relacionamento. E o relacionamento é resultado de forças voláteis de atração.

Precisamos de melhores formas de organizar o pensamento, precisamos de quadros conceituais sistêmicos e dinâmicos.

Podemos nos alfabetizar em abordagens capazes essencializar o mundo complexo em diagramas relacionais que carregam consigo o potencial de nos informar para além da nossa capacidade de formular perguntas.

Em listas nós somos especialistas. Precisamos agora enxergar além delas.

Foto: Masaaki Komori

Posted by Felipe Tavares

Trabalho para conciliar o desenvolvimento social com a inteligência dos sistemas vivos. Acredito que a sustentabilidade começa com uma mudança de pensamento e não de técnicas.

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