Nós adoramos listas.
Elas estão por toda parte. E apresentá-las em um formato circular não faz com que ela deixe de ser uma.
Uma lista é uma sequência de elementos estáticos isolados muitas vezes lineares ou desconexos.
É o caminho preferencial de um modelo mental específico. É o sintoma de uma inteligência cega e a aparência de uma racionalidade treinada para o reducionismo.
Mas acontece que o mundo é dinâmico e complexo.
Claro que as listas possuem espaço e importância. Ao ir ao supermercado, faça uma lista de compras ou corra o risco de faltar algo importante.
Mas ao energizar uma equipe, não faça uma lista de características desejáveis. Ao orientar um projeto, não se apegue a uma lista de resultados. Ao se aprofundar em alguma área do conhecimento, não faça uma lista das principais ideias e conceitos.
Não sem explorar o relacionamento que existe naquilo que você observa.
Precisamos de modelos mentais que nos ajudam a enxergar relacionamentos e propriedades que emergem a partir da interação.
A vida é relacionamento. E o relacionamento é resultado de forças voláteis de atração.
Precisamos de melhores formas de organizar o pensamento, precisamos de quadros conceituais sistêmicos e dinâmicos.
Podemos nos alfabetizar em abordagens capazes essencializar o mundo complexo em diagramas relacionais que carregam consigo o potencial de nos informar para além da nossa capacidade de formular perguntas.
Em listas nós somos especialistas. Precisamos agora enxergar além delas.
Foto: Masaaki Komori