Considerar o outro verdadeiramente

Existe algo melhor do que sentir e poder contar com o entusiasmo e engajamento das pessoas?

Seja numa relação familiar, comunitária, de parceria de qualquer tipo ou de trabalho, a motivação das pessoas é um dos “recursos” mais preciosos. É o que possibilita fazermos coisas significativas juntos.

Mas apesar de muito valorizado e desejado, raramente ele é bem cuidado e nutrido.

Esperamos que as pessoas se motivem espontaneamente e atravessamos os dias como se isso fosse responsabilidade exclusiva de cada um.

Quando a energia do sistema cai ou tenciona em função da oscilação da motivação dos nossos pares, tendemos a nos frustrar e ficar inertes. Podemos também entrar em um modo de controle e persuasão em uma atitude desesperada de resgatar o outro e não deixar a peteca cair.

Nesses momentos, uma saída capaz de mudar o campo de energia e reacender a motivação dos nossos parceiros é a prática de “considerar verdadeiramente outro” — chamada de consideração externa pelo Regenesis e Carol Sanford.

Um insight dessa ideia, que a difere da empatia, é que ao considerar o outro estamos levando em conta não apenas como ele pensa e sente no momento, mas o que ele está buscando criar (e que talvez não seja claro nem para ele) e como podemos contribuir nesse processo.

Sempre atentos ao potencial evolutivo dos sistemas vivos, as ideias que vem do paradigma regenerativo nos convidam a essa postura: perceber quem as pessoas (e sistemas sociais) são chamados a ser e como devem se transformar para realizar esse potencial.

É com esse impulso de desenvolvimento que temos que nos conectar para acordar a motivação em nós, no outro e restabelecer um movimento criativo e sinérgico nas parcerias.

Posted by Juliana Diniz

Através da conciliação entre desenvolvimento humano e social e a inteligência dos sistemas vivos, facilito processos de aprendizagem e transformação pessoal e coletiva que promovam a saúde planetária e protejam a memória biocultural da Terra.

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