Felipe Tavares

Trabalho para conciliar o desenvolvimento social com a inteligência dos sistemas vivos. Acredito que a sustentabilidade começa com uma mudança de pensamento e não de técnicas.
Trabalho para conciliar o desenvolvimento social com a inteligência dos sistemas vivos. Acredito que a sustentabilidade começa com uma mudança de pensamento e não de técnicas.

Pensamento à montante

Coevolução newsletter #1

Vivemos uma grande crise, a crise do saber.

Muitos pensadores corroboram a afirmação de David Bohm de que “a fonte última dos nossos problemas está no pensamento em si”. Mas como superar essa limitação?

Edgar Morin discute que em nossa civilização “a causa profunda do erro não está no erro de fato (falsa percepção) ou no erro lógico (incoerência), mas no modo de organização de nosso saber em um sistema de ideias (teorias, ideologias)”.

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O que faz uma comunidade vibrante e próspera?

O que faz uma comunidade vibrante e próspera?

Na primeira investigação coletiva que tivemos no Círculo Regenerativo, a nossa comunidade de prática online, nos perguntamos: O que faz uma comunidade vibrante?

Foi muito bonito estar em um espaço com uma riqueza enorme de perspectivas e experiências de vida. Ficou claro a potência de nos juntarmos para refletirmos sobre coisas que importam.

Neste texto eu trago os aprendizados que tive a partir das reflexões das pessoas presentes no encontro.

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O avanço do paradigma regenerativo

A regeneração — em sua multiplicidade — está florescendo e ganhando importância em um ritmo muito mais acelerado do que poderíamos prever.

Alguns sinais nos mostram que a narrativa regenerativa quebrou barreiras culturais significativas e continua despertando o interesse em diferentes espaços.

A publicação do livro Design de culturas regenerativas em 2019 pela Editora Bambual e sua rápida aceitação pelo público ampliou consideravelmente o alcance do movimento no Brasil.

A discussão cresceu impulsionada por entusiastas como nós do IDR que publicamos mais de 120 artigos, textos rápidos e podcasts; pelo grupo Design Regenerativo no facebook idealizado pela Flavia Vivacka com quase três mil membros; pelas excelentes comunicadoras do Futuro Possível e mais e mais ativadores que chegam a cada dia.

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A maior riqueza humana

A maior riqueza humana

A maior riqueza humana é pertencer a uma comunidade vibrante e amorosa.

Uma comunidade é um grupo de pessoas que se preocupam genuinamente com o bem estar uns dos outros.

É uma oportunidade para praticar o cuidado desinteressado e enxergar no outro os seus próprios desajustes.

É um espaço de crescimento e autorrealização, de regozijo e do trabalho árduo de diluir o ego-vivente.

Estar em comunidade é um privilégio e uma penitência.

É um círculo de fortalecimento dos seus valores e de experimentação da sua própria fragilidade.

É um exercício de apoio mútuo e uma prática de expansão das nossas capacidades sensoriais.

Uma comunidade vibrante e amorosa é uma oportunidade para sermos humanos juntos de um jeito diferente.

É a prática do nosso ser relacional.

É uma oportunidade para interser.

Foto: Rita Vicari

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#18 A nossa relação com o tempo | com Gustavo Nogueira

Ouça no seu app favorito.

O momento singular que vivemos em decorrência da pandemia nos colocou em uma outra relação com o tempo.

Mas o que é o tempo? Por que aprofundar nesta discussão é importante?

Como revelar nuances coloniais e estruturas dominadoras no entendimento dominante sobre o tempo?

Como outras perspectivas sobre o tempo pode nos ajudar a ganhar autonomia sobre as nossas próprias vidas?

Perguntas como essas permearam a nossa conversa com o Gustavo Nogueira, fundador da Torus Laboratório do Tempo.

Vamos?

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Recobrar a atenção

Recobrar a atenção

A sociedade da informação — que por um lado ampliou a nossa capacidade de gerar sentido e inteligência coletiva — está ruindo uma das capacidades humanas mais fundamentais: a atenção.

Reclamamos da falta de tempo sem nos dar conta de que o que nos falta mesmo é atenção.

Para sustentarmos uma vida com significado é crucial sentirmos que estamos realizando novos potenciais: aprendendo novas habilidades, conhecimentos ou avançando no caminho de autodesenvolvimento.

Estes são trabalhos relevantes que requerem comprometimento e profundidade. E é absolutamente impossível estar em profundidade com uma atenção rasa.

A atenção é um aspecto central sobre o que significa ser humano e sobre a sua capacidade de ter alguma soberania sobre a sua presença na Terra.

Não é difícil perceber qual é o maior consumidor de atenção hoje. Os efeitos da interrupção constante e da atenção corrompida ficarão cada vez mais evidentes e não são saudáveis.

Precisamos recobrar a autoridade sobre a nossa atenção. Ela deve ser treinada. Devemos aprender a prestar atenção na qualidade da nossa atenção. Isso nos ajudará a fazer escolhas que envolve abrir mão daquilo que nos distrai tanto no espaço físico quanto virtual.

Assim, é possível ter presença para cultivar relações, gerar sentido sobre o que nos envolve e aproveitar uma oportunidade sem precedentes: a capacidade de colaborar com pessoas em todo o mundo e acessar conhecimentos e práticas com facilidade.

Sem atenção não é possível avançar muito. Ao ter a consciência de que a atenção é algo precioso e que deve ser cultivada entramos em um espaço poderoso onde cada pessoa pode escolher deliberadamente o seu caminho de evolução que pode revelar o seu maior potencial.

Você se torna aquilo em que dá atenção. E em uma economia onde a nossa atenção foi comoditizada, se você não escolher conscientemente onde colocar a sua atenção, alguém o fará por você.

O acesso à informação nós temos. Precisamos recobrar o acesso à nossa atenção.

Foto: Aperture Vintage

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#17 Pólen, moeda ecológica local | com Bernardo Marquez

Ouça no seu app favorito.

Neste episódio conversamos com o Bernardo Marquez, fundador da Ecolabora, uma empresa de compostagem e boas práticas lixo zero.

O Bernardo deu o pontapé inicial na criação do Pólen, que funciona de forma horizontal e autogestionada. Nesta conversa abordamos o processo de criação, os seus desdobramentos, aprendizados e fizemos reflexões relevantes sobre o contexto econômico atual e as possibilidades de conferir resiliência e coesão à comunidades locais através da moeda complementar.

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Listas

Listas

Nós adoramos listas.

Elas estão por toda parte. E apresentá-las em um formato circular não faz com que ela deixe de ser uma.

Uma lista é uma sequência de elementos estáticos isolados muitas vezes lineares ou desconexos.

É o caminho preferencial de um modelo mental específico. É o sintoma de uma inteligência cega e a aparência de uma racionalidade treinada para o reducionismo.

Mas acontece que o mundo é dinâmico e complexo.

Claro que as listas possuem espaço e importância. Ao ir ao supermercado, faça uma lista de compras ou corra o risco de faltar algo importante.

Mas ao energizar uma equipe, não faça uma lista de características desejáveis. Ao orientar um projeto, não se apegue a uma lista de resultados. Ao se aprofundar em alguma área do conhecimento, não faça uma lista das principais ideias e conceitos.

Não sem explorar o relacionamento que existe naquilo que você observa.

Precisamos de modelos mentais que nos ajudam a enxergar relacionamentos e propriedades que emergem a partir da interação.

A vida é relacionamento. E o relacionamento é resultado de forças voláteis de atração.

Precisamos de melhores formas de organizar o pensamento, precisamos de quadros conceituais sistêmicos e dinâmicos.

Podemos nos alfabetizar em abordagens capazes essencializar o mundo complexo em diagramas relacionais que carregam consigo o potencial de nos informar para além da nossa capacidade de formular perguntas.

Em listas nós somos especialistas. Precisamos agora enxergar além delas.

Foto: Masaaki Komori

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E se pudéssemos?

E se pudéssemos?

A crise múltipla que estamos vivendo não vai a lugar algum tão cedo. O efeito dominó está em seu início e a crise econômica e política ainda vai se agravar bastante.

Quando a pandemia de Covid-19 começar a parecer algo do passado, estaremos perto de um próximo choque “inesperado”.

Eu gostaria de parecer otimista — de fato, me considero um — mas o otimismo cego nos mata de fome na fila do pão. Melhor o otimismo realista capaz de enxergar os sinais de um mundo desmantelado e ainda acreditar que podemos encontrar caminhos de resiliência e vitalidade.

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