Para que aprendizados profundos ocorram, aqueles que mudam vidas e organizações, é necessário aprender a desaprender.
Nós aprendemos sobre como o mundo funciona, qual a nossa identidade, quais sonhos são válidos e como devemos nos comportar. Isso nos dá uma estrutura que sustenta as nossas opiniões. Precisamos abalar essa estrutura.
É preciso cultivar a desaprendizagem, dissolver a rigidez e abrir espaço para novas percepções. Desaprender talvez seja o maior aprendizado — esquecer o velho e inadequado para alinhar-se com o futuro.
Isso porque ao desaprender damos as boas vindas à reinvenção. Podemos fazer isso nos dando conta de que encaramos o mundo através de uma lente específica — que herdamos hábitos e protocolos de concepções ultrapassadas — e assim suspender essas premissas, reavaliá-las e escolher a direção que nos faz sentido.
Somando-se a isso temos outro elemento importante: a urgência. Os tempos são urgentes, vamos desacelerar. Este é o conselho contraintuitivo do autor Bayo Akomolafe. O mundo clama por transformações urgentes. Vamos então nos aquietar. A pressa por respostas tece o problema junto à solução. Então não tenha pressa.
Assim, desacelerar abre espaço para o desaprender. Desaprender abre espaço para melhores perguntas que, por sua vez, geram respostas condizentes com os desafios de nosso tempo.
Partindo do ensinamento de Bayo, podemos dizer: O conhecimento é a maior riqueza da humanidade, vamos desaprender.
Foto: Ivan Bandura