autotransformação

Nós somos aqueles por quem esperávamos

Nós somos aqueles por quem esperávamos

Já é hora de superarmos a nossa apatia e assumirmos o nosso papel na criação do mundo em que queremos viver

Este é o primeiro texto de uma sequência de cinco artigos que nos convoca a assumir o papel de ativistas radicais a serviço da construção de um mundo viável. A sequência é: Nós somos aqueles por quem esperávamos, O paradoxo do ativismo conservador, O ativismo radical, Como vemos o mundo? e Como as mudanças acontecem?. Acompanhe e assuma a sua identidade enquanto agente de transformação neste mundo em transição.

O sistema político está entregue ao sistema econômico e este, por sua vez, está dissociado do mundo natural – sua única fonte de legitimidade e valor. Temos, então, um espaço social aberto para ações revolucionárias. Mas, muitos de nós, secretamente, temos uma certa nostalgia de regimes autoritários e daquelas ações governamentais impetuosas que, no imaginário coletivo, eram capazes de “resolver os problemas da sociedade”.

Temos saudades de uma vida mais restrita porque fomos acostumados a não acreditar em nosso potencial transformativo. Desejar um mundo melhor sempre foi considerado uma transgressão em um contexto em que se acredita que somos pequenos demais para promover mudanças sociais.

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Posted by Juliana Diniz in Artigo, 1 comment
Distúrbio generativo

Distúrbio generativo

De modo geral, somos avessos às perturbações em nosso cotidiano. Procuramos, na maioria das vezes, um caminho seguro e conhecido sem que haja grandes mudanças.

Acontece que a principal força evolutiva em sistemas vivos são os distúrbios.

Segundo a Teoria da Cognição de Santiago, sistemas vivos respondem a distúrbios com mudanças estruturais, isto é, mudanças na estrutura física, cerebral, celular… e o faz de forma a “escolher” quais distúrbios responder e como responder.

Uma floresta sem distúrbios está fadada ao declínio. Em um ecossistema, o único equilíbrio que existe é o equilíbrio dinâmico que incorpora as mudanças como eventos capazes de promover a evolução.

Assim, para alinhar a nossa mentalidade com a inteligência da vida podemos começar fazendo as pazes com os distúrbios — com os eventos de caos e destruição — e entendê-los como uma força natural necessária ao equilíbrio dinâmico evolutivo.

Aquele evento que não estávamos esperando, o desaparecimento de algo que nos dava a sensação de segurança ou mudanças forçadas repentinas e totais podem ser eventos capazes de gerar mudanças evolutivas.

Talvez não seja possível escolher se queremos ou não responder a um evento, mas sempre será possível escolher como responder. Qual aprendizado é possível incorporar a partir disso? Como isso pode me aprimorar ou como este evento pode me levar a novos rumos?

O Brasil vive hoje um grande e profundo distúrbio estrutural, uma afronta inimaginável aos rumos de um país pautado no respeito, inteligência e integralidade. Um desrespeito à sua própria história.

Diante disso estamos escolhendo responder de que forma?

Desejo que este momento faça florescer em nós a vontade e consistência necessária para trabalharmos as nossas habilidades enquanto agentes de mudança, empreendedores ecossociais, estrategistas organizacionais, guerreiros da sustentabilidade, líderes compassivos… ou seja, a nossa capacidade para a liderança regenerativa.

Desejo que cada um de nós possa começar a construir ou ampliar o seu legado conectado ao seu senso de propósito mais energizante. Agora.

Foto: Ryan Loughlin

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Somos as histórias que escolhemos viver

Somos as histórias que escolhemos viver

A todo momento ouvimos, fabricamos e contamos histórias. Podemos não perceber, mas essas narrativas — reforçadas dia-a-dia — é o pano de fundo de todas as nossas escolhas.

O primeiro passo para a transformação é resgatar e ouvir essas histórias com novos ouvidos e com uma atenção especial.

Podemos, então, decidir se essas histórias nos servem ou não. Podemos escolher recriar a narrativa que nos orienta.

Qual o nosso papel no mundo? O que é sucesso? O que é importante?

Tudo o que precisamos fazer é escolher as histórias que nos servem, abandonar as que não queremos e recriar a narrativa do nosso futuro.

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Seja insubstituível

Seja insubstituível

Por anos, até mesmo décadas, nossa curiosidade foi abafada nas escolas. Fomos treinados para a conformidade, fomos forçados a caber em uma função pré definida. Nos tornamos facilmente substituíveis.

O mundo precisa de gente singular, de pessoas insubstituíveis, de pessoas que tenham voz e que se importem com uma causa maior do que a si mesmas.

Tornar-se curioso é um processo de cinco-dez-quinze anos onde você começa a encontrar a sua voz e percebe que a coisa mais arriscada a se fazer é jogar o jogo da conformidade, é ser substituível.

Encontrar o seu papel singular é uma tarefa em comunidade, é um ato generoso de doar-se e ser capaz de perceber-se nos outros. É uma experimentação corajosa, é se permitir pertencer e ousar contribuir.

É um processo que daqui há algum tempo você vai desejar ter começado hoje.

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Como ter conversas difíceis sem desumanizar o outro?

Como ter conversas difíceis sem desumanizar o outro?

O atual cenário sociopolítico nos apresenta enormes desafios. Três deles me parecem ser centrais:

  • Sermos capazes de reconhecer nossa humanidade comum apesar das divergências;
  • Relembrar do potencial humano para mudanças disruptivas não-violentas apesar do expurgo coletivo de intolerância;
  • Expressarmo-nos e posicionarmo-nos politicamente sem que reproduzamos padrões de fala e comportamento que combinam mais com a postura da qual divergimos do que com a causa a que queremos servir.

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Posted by Juliana Diniz in Artigo, 2 comments